quinta-feira, 10 de dezembro de 2009


"Os alunos são pessoas que aprendem e não seres que se ensinam"

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ruído e o Ambiente



O ruído pode ser definido como um som indesejável, que constitui uma causa de incómodo, um obstáculo à concentração e à comunicação. A capacidade auditiva humana apresenta valores diversos, mas em média pode-se afirmar que o ouvido capta sons desde 20Hz até aos 20 KHz, existindo uma gama de valores onde a sensibilidade auditiva é mais evidente : 500Hz e 6000Hz. Segundo o II inquérito Nacional ‘Os Portugueses e o Ambiente’ realizado a 2000 inquiridos, os principais descritores com tendências a agravamento nos próximos 10/15 anos são: trânsito (78%), qualidade do ar(70%) e ruído(66%). Neste âmbito, o ruído torna-se uma variável ambiental que requer toda a atenção, dada a sua importância nos mais diversos aspectos, nomeadamente associados à saúde humana e bem estar. O ruído resulta da alteração da pressão acústica, pelo que é possível a sua medição através de sonómetros que calculam o nível médio para um determinado intervalo de tempo. O nível sonoro contínuo equivalente (Leq) , é o indicador básico de ruído. A unidade de medida é o decibel (dB(A)), que se define como a razão logarítmica entre a pressão sonora verificada e o valor de referência. A escala de valores de nível de pressão sonora varia entre 0 dB(A) (limiar da audição) e 130 dB(A) (limiar da dor).

A nível global, o ruído encontra-se presente em diversas formas, sendo as principais:
- Trafego (sobretudo estradas movimentadas, aeroportos, comboios);
- Industria (laboração de fábricas, actividades comerciais e serviços(ar condicionados, câmaras frigorificas, actividades de carga/descarga)
- Actividades ruidosas (feiras, festas, discotecas, estaleiros)
- Ruído provocado pelas pessoas e animais em zonas residenciais (bater portas, chorar de bebés, ladrar de cães, musica)
- Causas naturais (trovoadas, vento)Um estudo realizado pela Direcção Geral do Ambiente, datado de 1989, a 600 pessoas, mostrou que o trafego rodoviário era a principal fonte de ruído com maior índice de incomodidade(69.5%).

Acima de determinados níveis de ruído, este pode tornar-se problemático, com incidências graves para aqueles que se encontram expostos, sobretudo se tivermos em conta os principais riscos que este representa :
Efeitos quantificáveis e mensuráveis e cuja ocorrência é facilmente notada : perda auditiva, diminuição de inteligibilidade dos sinais sonoros.
Efeitos de carácter subjectivo: incomodidade, irritabilidade, redução da capacidade de concentração, aumento da probabilidade da ocorrência de acidentes, redução da produtividade e rendimento, fadiga anormal, tensão psíquica.
Efeitos fisiológicos não auditivos : alterações de metabolismo, problemas cardiovasculares, problemas do foro gastrointestinal, alterações químicas do sangue e urina, alteração da respiração, insónias.
Em termos legais, o ruído é regulamentado pelo Decreto-lei n.º 259/2002 de 23 de Novembro (Regime Legal sobre a Poluição Sonora (RLPS), revoga o decreto-lei nº292/2000).
Fonte: http://www.ideiasambientais.com.pt/ruido_ambiente.html

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Epistemologia da Comunicação

Desde sempre a comunicação é um processo que acompanha todos os seres. Desde que existem sistemas organizados, estes necessitam de comunicar. A comunicação é um processo que caracteriza todos os seres da classe animal. Comunicar é partilhar, é por em comum, é uma forma de adquirir conhecimento que obviamente resultará num processo de reacção ou de alteração ou mudança de comportamento. Os golfinhos e as baleias são animais capazes de comunicar a longas distâncias. Os leões, como seres que vivem em grupos e caçam em grupo são animais capazes de comunicar para se organizarem com vista ao melhor sucesso do grupo de caça e como forma de protecção e preservação da espécie. As Zebras são animais capazes de se organizarem em grupos para confundirem os predadores e assim se protegerem e preservarem a sua espécie. Visto que cada zebra mantém nas suas riscas como que uma impressão digital de si mesma, uma vez que não existem dois animais com riscas iguais. Organizadas em grupo, estas conseguem confundir os predadores com todo aquele movimento de cor, contribuindo assim para a defesa do todo e obviamente tudo com base nas capacidades de comunicação do grupo. Da mesma forma os peixes nadam em cardume, constituindo grandes aglomerados populacionais como forma de confundir os predadores e assim se defenderem dos ataques destes. Os felinos definem o seu próprio território como forma de dizer “este espaço pertence-me”. É uma espécie de porta sem trinco nem fechadura da nossa própria casa, onde outros animais da mesma espécie podem entrar, correndo o risco das consequências de ataque por invasão do território alheio. Várias espécies de pássaros comunicam pela cor da plumagem manifestando a sua predisposição para o acasalamento. Comum e não menos importante a todas as espécies de animais são as mudanças de comportamento verificadas pela altura do acasalamento como forma de cortejar as fêmeas e iniciar o ritual do acasalamento. Por sua vez as fêmeas, quando no cio, alteram o seu ciclo biológico, desenvolvendo hormonas responsáveis pela libertação de odores característicos, indicando aos machos da sua espécie que se encontram prontas para a copula.
Desde sempre, como forma de desenvolvimento sustentado as espécies têm necessidade de viver e de se organizarem em grupos. Esses mesmos grupos têm necessidades de se regerem por códigos de conduta com vista à vivencia em sociedade.
Desde tempos imemoriais estes sistemas organizados sentiram a necessidade de comunicar com vista a preservação, protecção e crescimento da sua espécie e das suas sociedades mais ou menos organizadas, desenvolvendo assim sistemas de comunicação.
O Homem moderno, como ser social, reúne em si mesmo todas estas características, sendo por excelência um ser comunicante. A evolução das sociedades acompanhada pelo avanço tecnológico veiculou novas formas de comunicação, sempre tendo em vista formas mais eficientes e eficazes de atingir a plenitude do processo comunicacional.
De facto, nem sempre o Homem tem sido um ser bem sucedido no seu estádio de desenvolvimento, caminhando muitas das vezes a um ritmo demasiado acelerado, pouco reflectido, caindo em sistemas que em pouco contribuem para o fim objectivado.
A falta de comunicação ameaça as sociedades, sendo comum ouvirmos os políticos acusarem-se de falta de comunicação e apelando ao diálogo com os seus parceiros políticos. Os casais, vítimas por vezes das novas formas de vida das sociedades ditas modernas divorciam-se com base na falta de comunicação.
Sendo o Ruído definido como “toda a perturbação dentro do processo de comunicação” qualquer sistema comunicante completo, constituído por Emissor, Receptor, Canal de Comunicação, Mensagem e Contexto, poderá estar sujeito a ruído. Nesta perspectiva encaramos não só o ruído auditivo mais comum e característico no processo de comunicação oral, como também o que advêm da própria definição de ruído como por exemplo o excesso de informação ou o mau uso da cor num cartaz; o barulho de fundo provocado por conversas num restaurante ou sala de aula; a circulação do trânsito numa via principal perto de uma zona residencial de uma cidade; a distância entre emissor e receptor em comunicadores não ouvintes que recorrem à linguagem gestual como forma de comunicação.
Num sistema de comunicação que veicula informação, a entropia é uma medida do grau de organização da informação, isto é, a desorganização da própria informação. Conceito contrário ao de entropia é o de redundância da informação. Qualquer comunicador baseia-se a grande maioria das vezes em sistemas redundantes de transmissão da informação como forma de se assegurar que a mesma chega aos seus destinatários. Tal como um professor verbaliza a mesma informação utilizando na transmissão de informação vocabulário diferente e adequado aos seus públicos-alvo, o mesmo acontece com os oradores de uma palestra que, socorrendo-se também da comunicação escrita em paralelo à comunicação oral como forma de “sublinhar” os conteúdos transmitidos, acompanhando o seu discurso oral com imagens, gráficos, som, vídeo, páginas Web, ou seja, com recurso às potencialidades das ferramentas multimédia. A redundância da informação, utilizando de forma organizada e repetida vários meios e canais de transmissão dessa informação, assegurando-se que a mesma é clara e que todos os receptores se encontram no mesmo contexto é o veículo por excelência dos educadores com responsabilidades ao nível da transmissão de conhecimentos.
A entropia, considerada como a desorganização da informação poderá da mesma forma que a redundância ser utilizada com sucesso na transmissão de informação. Instalando o caos, a dúvida, provocando a discussão, partindo do fim para o princípio, usando a entropia, esse mesmo educador pode chegar ao conhecimento. Em sistemas de aprendizagem caracterizados pelo desenvolvimento de competências adquiridos pela troca e partilha de experiencias pessoais e profissionais, esta metodologia conduzirá os educandos à discussão e consequentemente a conclusões e à solidificação de conhecimentos pela via da estruturação lógica de raciocínio.

Comunicação versus Informação

Sendo uma das definições mais sintetizadas de informação “como o acto de informar”, esta é encarada como o resultado de uma acção desencadeada pelo verbo “informar”. Em termos mais aprofundados poderemos dizer que informar é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (pessoa, animal ou máquina) que a recebe. Ora, tal modificação é operada no receptor da informação que depois de a processar segundo os seus objectivos, transforma-a em conhecimento. Neste processo está implícito o conceito de comunicação, pois para a existência de um receptor existe a obrigatoriedade da existência de um emissor, pressupondo-se assim a existência de sistema de comunicação. Nesta perspectiva a informação é todo o conjunto de dados emitidos por um emissor e recepcionados por um receptor qualquer que seja o canal, o contexto ou a forma que esses dados ou conjunto de dados organizados entre si (informação) possam assumir.
Assim a comunicação verbal (oral e escrita) e a comunicação não verbal ambas nas suas mais diversas formas de jornais, revistas, meios de comunicação em massa, publicidade, regras de conduta etc. assumem um papel importante na aquisição de conhecimentos, uma vez que tudo quanto transmitidos é processado e de imediato desencadeia um processo de reacção no seu receptor.
A comunicação pela forma e pela cor, como acontece com a sinalética e em especial com os sinais do código da estrada espelham de forma clara a todos os condutores e até mesmo peões uma forma de comunicação muito característica e comum a determinado grupo, o dos condutores. Em paralelo a cor azul é a cor utilizada por excelência em materiais destinados à restauração, como luvas e papel de mãos e aquela que compre os preceitos da legislação de implementação de HACCP num estabelecimento de restauração, por ser a única cor que não existe nos alimentos e portanto facilmente detectada se algum destes produtos ou parte deles, por lapso, for adicionado aos alimentos.
As escolhas que fazemos diariamente são sem dúvida uma forma de comunicar com todos aqueles com quem nos relacionamos. A casa onde vivemos, o carro que conduzimos, aquilo que fazemos profissionalmente, a forma como nos vestimos, as cores que mais frequentemente usamos não são mais do que formas de comunicar que transmitem muita da informação que “os receptores” esperam obter sobre nós. Num processo de entrevista a forma como nos comportamos, como nos sentamos, como oscilamos o nosso corpo, as interjeições, os movimentos faciais que inadvertidamente fazemos são todos eles formas de comunicar que a um receptor atento evidenciam muito da nossa personalidade e formas de estar.
No fundo, nada mais do que estamos senão a informar o nosso “receptor” daquilo que somos. Tal atitude torna-se mais evidente quando recorremos a outras formas de comunicação como a linguagem oral, mas mesmo nesta o sotaque, as expressões que utilizamos podem dizer muito mais de nós do que aquilo que esperávamos, pois podem informar o nosso interlocutor, por exemplo da região de onde somos naturais ou vivemos.
O acto de informar é subjacente ao processo comunicacional não se pressupondo a existência de um sem o outro. Ambos são complementares. Contudo o acto de comunicar pressupõe que exista de feedback para que o processo possa ser avaliado, isto é, para que o emissor possa avaliar a eficácia da sua comunicação, avaliando o conhecimento gerado no seu emissor, contrariamente ao acto de informar que poderá ser visto numa perspectiva unilateral. Tendo em conta que não existe antónimo de comunicar uma vez que mesmo em silêncio eu estou a transmitir informação, mais que não seja acerca do meu estado de espírito dizendo “que não quero comunicar” e desta forma estou a informar o outro de algo sobre mim mesmo que este transforma em conhecimento.
A complexidade inerente ao conceito de comunicar e as novas formas de comunicação essencialmente baseadas nas novas tecnologias, surgidas nas sociedades modernas às quais se apontam vantagens e desvantagens, têm cada vez mais servido de base de estudo a pedagogos, psicólogos, sociólogos e historiadores conduzindo e desenvolvendo o conceito em várias vertentes sem contudo lhe alterarem a essência de que cada vez as sociedades vão ser mais comunicativas e adeptas das novas formas de comunicação, impulsionando assim o seu desenvolvimento a um ritmo bastante acelerado.

Fontes:
- Entropia (teoria da informação) por Fernando Rebouças;
- pensar-web.blogspot.com de Raquel Ramalho;
- pt.shvoong.com (Shvoong, Artes e Humanidades);
-http://br.monografias.com/trabalhos/perspectivas-comunicacao-era-informacao-digital/perspectivas-comunicacao-era-informacao-digital.shtml
-
http://www.ime.usp.br/~is/ddt/mac333/aulas/tema-11-24mai99.html
- pt.wikipedia.org/wiki/Informação
- http://pt.wikipedia.org

sábado, 28 de novembro de 2009

Comunicação Não-Verbal


A comunicação Não-Verbal, nas suas mais diversas formas, assume um papel primordial na relação comunicacional sendo encarada como a mais eficáz.

Boas Vindas


Olá a todos.

Este Blog surge na sequência do convite do professor de Teorias e Modelos de Comunicação da Pós-Graduação de TIC do Piaget em Vila Nova de Gaia e como tal espero que sirva aos objectivos propostos e como mais uma ferramenta de comunicação e de trabalho a todos os alunos envolvidos neste projecto (Vila Nova de Gaia, Almada e Macedo de Cavaleiros) a quem desde já deixo aqui as boas vindas a este Blog.